domingo, 18 de agosto de 2019


Passado revisitado, DNA e história

Jéssica Stori


Edição: Revista IDEIAS
Ano XV – Nº 210 – Abril 2019
Editor: Fábio Campana
Secretário de redação: Dédallo Neves

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O editor Fábio Campana:



Capa da revista:



Página 59:




Passado revisitado, DNA e história

Jéssica Stori

   Quando a história pesa nos ombros, não há como escapar, é necessário voltar o olhar ao chamado e trazer à tona DNA e acontecimentos. O chamado foi de Visconde de Souto aos jornalistas Francisco Souto Neto e Lúcia Helena Souto Martini, que escreveram a biografia do trisavô com mais de 500 páginas de buscas imparciais e de ações deste curioso homem de olhos congelados na capa e nas linhas que seguem. O livro Visconde de Souto: ascensão e “quebra” no Rio de Janeiro Imperial (2017), da Editora Prismas, foi dividido em duas partes que desenvolvem toda a amplitude do que foi a vida do biografado, suas raízes, infância no Porto, chegada ao Rio de Janeiro, namoro, casamento até à criação da Casa Souto que, de acordo com os autores do livro, foi a primeira casa bancária do país.
   Os poetas Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira, mesmo de períodos distintos ao do Souto, também entraram em contato com sua memória ao celebrarem as experiências além  dos bancos do biografado. No livro Rio de Janeiro em prosa e verso (1965), escreveram sobre o jardim zoológico do Souto, ao que chamaram de uma “fascinante coleção de animais raros”. Bandeira e Andrade escreveram: “em meio a um grande e bem tratado parque, aí organizou um jardim zoológico, onde reuniu, à custa de muito trabalho e grandes despesas, muitas e variadas espécies dos mais interessantes animais do globo. Até um elefante existiu no jardim zoológico do Souto”.
   Ainda que se recorra aos dados, referências históricas específicas que citam Visconde de Souto, é uma versão da história do Brasil que se conta a partir de uma busca micro-histórica, quando se elabora uma perspectiva de que foi tudo em um só lugar, período e olhar. Como muitos homens do século do Império, a importância do início, da ascensão e a tristeza da queda, do declínio consumado, mas não deixado de lado por jornalistas atentos em dizer, com a busca pela imparcialidade e por um olhar geral sobre subjetividades e objetividades, o plano impossível de quem se põe a escrever história sem se ver no papel. Investigação, explanação, um passado revisitado.


Visconde de Souto

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domingo, 17 de dezembro de 2017

JORNAL DA RUA XV - Lançado em Curitiba o livro VISCONDE DE SOUTO - ASCENSÃO E "QUEBRA" NO RIO DE JANEIRO IMPERIAL.

Lançado em Curitiba o livro
Visconde de Souto – Ascensão e
“Quebra” no Rio de Janeiro Imperial


Edição: JORNAL DA RUA XV
Edição 03 – Novembro 2017
Editores: José Gil de Almeida – Carla Regina – Velho Antero

Capa do jornal:


Página 13:


Página 14:


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Lançado em Curitiba o livro
Visconde de Souto – Ascensão e
“Quebra” no Rio de Janeiro Imperial


Francisco Souto Neto foi crítico de arte e militante das artes plásticas no Paraná, fundador do Museu Banestado, um importante centro de apoio aos artistas plásticos paranaenses. É escritor e jornalista. 


A capa do livro


Autor, em coautoria com sua prima Lúcia Helena Souto Martini, da biografia do seu trisavô, o Visconde de Souto (1813-1880), ele é o nosso entrevistado deste mês.


Lúcia Helena Souto Martini e Francisco Souto Neto. Entre os autores, em pé, Rubens Faria Gonçalves, o revisor da biografia.


Durante muitos anos Francisco Souto Neto participou como diretor ou conselheiro de órgãos oficiais ligados à Secretaria de Estado da Cultura. Nessa época chegou a assinar textos para a página dos editoriais da Gazeta do Povo, graças ao apoio do diretor do jornal, o saudoso Dr. Francisco Cunha Pereira Filho, de quem foi par de diretorias e de conselhos de algumas instituições, tais como o Conselho de Cultura da Telepar, da Sociedade dos Amigos dos Museus de Curitiba, e outras.



Lúcia Helena Souto Martini


Em 2014 Francisco Souto Neto recebeu o título de comendador. É membro da Academia de Letras, a cuja diretoria pertence, e onde ocupa a cadeira patronímica nº 26, de Emiliano Perneta.



Francisco Souto Neto


Nos últimos anos Francisco Souto Neto escreveu artigos para o Jornal Água Verde, Folha do Batel e Jornal do Centro Cívico.

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A  ENTREVISTA

  Como foi o trabalho de pesquisa que resultou no livro Visconde de Souto - Ascensão e "Quebra" no Rio de Janeiro Imperial?


Francisco Souto Neto  Eu e minha prima Lúcia Helena Souto Martini, que reside na cidade paulista da Paulínia, iniciamos as pesquisa sobre nosso trisavô em 2006 e no ano seguinte começamos a escrever a biografia. Além das viagens que fizemos ao Rio de Janeiro para conhecermos as fontes primárias nos registros das instituições que guardam a memória do Brasil, tais como Arquivo Nacional, Biblioteca Nacional, Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e diversos outros, pesquisamos na internet e consultamos o impressionante número de 620 livros graças a "Livros de Google". Também compramos mais de uma centena de livros em sebos, alguns editados no século XIX, através da Estante Virtual, que são parte dos alicerces da biografia do Visconde de Souto. Após uns sete anos de trabalho intenso, contratamos uma ONG, a Unicultura, para enquadrar a obra à Lei Rouanet e publicar o livro através de sua própria editora. O enquadramento foi feito, com publicação no Diário Oficial da União. Essa ONG, entretanto, disse-nos não ter conseguido patrocínio de empresas e que o livro não seria publicado. Sentimo-nos lesados pela tal ONG, e frustrados, pois só tivemos prejuízo, decepção e perda de tempo. Até que surgiu uma editora de Curitiba, a Prismas, que no começo deste ano de 2017 se interessou pela obra e editou o livro com quase 600 páginas.

 Fale sobre esse seu parente distante que foi o primeiro banqueiro particular do Brasil.

Francisco Souto Neto  O português António José Alves Souto, o Visconde de Souto, meu trisavô, veio para o Brasil em 1828 aos 15 anos, criou a primeira casa bancária particular do país, conhecida popularmente como Casa Souto, que chegou a rivalizar com o Banco do Brasil. Fundou a Junta de Corretores que se transformou na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, fez parte da primeira diretoria da Caixa Econômica e presidiu a Beneficência Portuguesa. Através de decreto, tornou-se o banqueiro oficial da Casa Imperial do Brasil. Por volta de 1850 formou um jardim zoológico em sua chácara, importando animais de três continentes; foi a primeira vez que os brasileiros viram leões, ursos, elefantes. Aos domingos ele abria o zoológico ao público, sem nada cobrar. Abolicionista, comprava escravos para alforriá-los. Sustentou creches, amparou crianças órfãs e assegurou-lhes a educação. Sua casa bancária faliu em 10 de setembro de 1864, acontecimento noticiado até em países remotos como Nova Zelândia e Austrália. Esse episódio, registrado na História como "Quebra do Souto", é tratado na segunda metade do livro biográfico.


– Quais as diferenças entre o banqueiro do Rio de Janeiro Imperial e os atuais?

Francisco Souto Neto  O que realmente surpreende até a nós que somos os autores do  livro, é que a inculpabilidade e a probidade do Visconde no episódio da "Quebra do Souto" foram enaltecidas pela Comissão de Inquérito, que o inocentou, e confirmadas através de centenas de autores que escreveram sobre o assunto. Nosso livro não teve o propósito de defender o Visconde de Souto, mas apenas tirar do esquecimento um dos mais importantes personagens do Brasil Imperial. Daí, lendo os editoriais dos três jornais do Rio de Janeiro que funcionavam na década de 60 do século XIX, bem como as revistas da época, podemos ter uma certeza: o Visconde de Souto e os outros banqueiros, tais como Gomes & Filho, Montenegro, Lima & Cia, Oliveira & Bello  que foram de roldão nas mais de cem falências arrastadas pelo "Quebra do Souto"  eram extremamente honestos e entregaram às suas respectivas massas falidas todos os seus bens, até mesmo as alianças de casamento, para pagamento aos credores. As diferenças daqueles banqueiros com os atuais "banqueiros usurários" e alguns corruptos, denunciados pela mídia nacional, são de tal modo ululantes que nem precisarei me estender nesta reflexão; basta procurar na internet por "10 banqueiros que se enrolaram nos últimos 15 anos".

 Fale sobre o lançamento do livro no Palacete dos Leões em Curitiba.

Francisco Souto Neto  Graças às gentilezas do BRDE, proprietário do Centro Cultural que funciona no histórico e belo Palacete dos Leões aqui em Curitiba, eu e minha prima tivemos uma notável noite de autógrafos. Foi um sucesso, com a presença de muitos amigos que lá estiveram e participaram do coquetel. Referido palacete é sede da Academia de Letras José de Alencar, da qual sou membro, onde ocupo a cadeira patronímica nº 26, de Emiliano Perneta.

 Onde encontrar o livro à venda?

Francisco Souto Neto  Como transferimos os direitos autorais à Editora Prismas para que publicasse o livro, por exigência do contrato nós tivemos que comprar muitos exemplares para revendê-los na noite de autógrafos. Para evitar que faltassem livros naquela ocasião, compramos um número bem grande de exemplares... e grande parte dos que sobraram continuam em nossas mãos. Ainda por exigência do contrato, somos obrigados a revender os livros por no mínimo R$98,00. Se alguém tiver interesse em conhecer a obra, poderá entrar em contato comigo através do Facebook "in box", ou com minha prima, que ficarei muito grato. A editora também o vende pelo mesmo preço.


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sábado, 16 de dezembro de 2017

Lançada edição especial do jornal TROFÉU IMPRENSA BRASIL

EDIÇÃO ESPECIAL DO JORNAL 

"TROFÉU IMPRENSA BRASIL"


Capa da Edição Especial 2017

No mês passado o jornalista Carlos Queiroz Maranhão lançou uma edição especial do jornal TROFÉU IMPRENSA BRASIL em homenagem às principais personalidades que há décadas vêm sendo apontadas para a outorga do prêmio.

Sílvio Santos e o Troféu Imprensa Brasil

Enquanto o empresário Sílvio Santos mantém a marca para uso em São Paulo, onde a premiação é destinada exclusivamente a artistas (principalmente da televisão), Carlos Maranhão, aqui no Paraná, mantém a franquia concedida para áreas de atuação muito mais amplas, porque abrangem uma diversificada premiação a profissionais liberais, e aos setores comercial e industrial. Alcança também políticos, membros do judiciário e as classes social e artística.

Entretanto, a franquia de Carlos Maranhão não é limitada apenas ao Paraná, porque as premiações, que ocorrem uma vez ao ano, destinam-se a valores profissionais e a lideranças de todo o território nacional, por isso mesmo se denomina Troféu Imprensa Brasil. Até 2009 ele realizava apenas o Troféu Imprensa Paraná, mas a partir do ano seguinte obteve os direitos pela realização do evento nacional.

Os critérios para a escolha dos homenageados competem às empresas de jornalismo de Carlos Maranhão, e as indicações passam pela análise de profissionais de todos os segmentos da imprensa que abrangem jornais e revistas, rádio e televisão.

Carlos Maranhão, mestre em Comunicação Social, é jornalista, publicitário e teólogo, formado pela PUC-PR, com diversas especializações. É diretor do jornal O Repórter do Paraná, da Agência de Notícias International Press, e da Paraná Revista. 

No começo da década de 80 ele subintitulava seu evento social como "Noites de Carolina", numa carinhosa alusão à sua cidade natal, localizada no Maranhão. Foi naquela época que eu pela primeira vez fui homenageado pelo meu amigo, por causa do sucesso que alcancei com o Programa de Cultura do Banestado, por mim instituído naquele tempo em que, em minha carreira no extinto banco oficial do Paraná, pude me dedicar ao apoio às artes plásticas, às letras, à música e também ao teatro e cinema. Na qualidade de Assessor para Assuntos de Cultura da Diretoria (depois da Presidência) do Banestado, o resultado do meu trabalho era observado diuturnamente pela imprensa paranaense.  


A Edição Especial 2017:

Abaixo, algumas das 24 páginas da Edição Especial 2017:

Páginas 8 e 9.

Detalhe da página 9 com homenagem a Francisco Souto Neto.

As duas páginas centrais, 12 e 13, com mais uma referência a Francisco Souto Neto.

Detalhe da página 13.

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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Revista Conexão Literária - Academia de Letras José de Alencar (artigo de Dione Souto Rosa).

Revista Conexão Literatura
Janeiro 2017 – ISSN 2448-1068 – Nº 19
Editor Geral: Ademir Pascale

NOTÍCIAS
ACADEMIA DE LETRAS JOSÉ DE ALENCAR
Por Dione Souto Rosa

Capa (Página de rosto)
Página 18
Página 19
Última capa

       A Academia de Letras José de Alencar com sede em Curitiba, deu posse em data de 22 de novembro de 2016 a seus novos membros efetivos, correspondentes e sócios titulares. A solenidade foi realizada no Palacete dos Leões, belíssima edificação histórica franqueada à Academia para suas reuniões e eventos onde funciona o Centro Cultural BRDE. A Academia de Letras José de Alencar comemora seus 77 anos de existência e é presidida pela jornalista, advogada e escritora Anita Zippin.
       A autora Dione Mara Souto da Rosa, ou apenas Dione Souto Rosa, é indicada para ocupar a cadeira 21, cujo patrono é Uriel Tavares, pertencendo anteriormente a Pedro Saturnino Vieira de Magalhães. Outros sócios efetivos como Cibele Cristina Freitas de Resende, Rosana Andriguetto de Carvalho, Luiz Fernando de Queiroz e Alberto Silva Gomes passaram a ocupar cadeiras patronímicas, sendo que Noilves Araldi, Rubens Faria Gonçalves e Vera Rauta passam a sócios efetivos, bem como Ledir Marques Pedrosa integra o quadro como sócia correspondente, pois é de Campo Grande, MS.
     Nessa distinta cerimônia foi lançada a Antologia de Bolso “INSPIRAÇÃO”, organizada por Anita Zippin e Joatan Marcos de Carvalho numa tiragem de 12 mil exemplares desenvolvida em arte e prosa por dez membros da Academia de Letras José de Alencar: Anita Zippin, Ariadne Zippin, Arioswaldo Trancoso Cruz, Celso de Macedo Portugal, Dione Mara Souto da Rosa, Francisco Souto Neto, Hamilton Bonat, Joatan Marcos de Carvalho, Rosana Andriguetto e Tânia Cascaes. A ideia é a distribuição gratuita da Antologia em lugares públicos como interior de ônibus e inúmeros outros locais, levando e divulgando suas letras a todos. Quem desejar baixar poderá fazê-lo gratuitamente pelo: 


Legenda da fotografia publicada:
 “Dione Souto Rosa com seu tio e padrinho Francisco Souto Neto, sócio titular da Academia.”
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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Comendador FRANCISCO SOUTO NETO: "Uma Vida Dedicada ao Trabalho e à Promoção da Cultura".

Comendador FRANCISCO SOUTO NETO: "Uma Vida Dedicada ao Trabalho e à Promoção da Cultura".


Capa da Revista Qualidade Brasil
São Paulo, Dezembro 2015

"EMPRESAS & PROFISSIONAIS 
RECEBEM RECONHECIMENTO NACIONAL POR MEIO DO
PRÊMIO EXCELÊNCIA E QUALIDADE BRASIL, PROMOVIDO PELA 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LIDERANÇA - BRASLIDER

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MELHORES DO BRASIL - Categoria: Profissional do Ano /Destaque Cultural

Página 30

Página 31

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MELHORES DO BRASIL - Categoria: Profissional do Ano / Destaque Cultural

Comendador Dr. Francisco Souto Neto

Uma vida dedicada ao trabalho
e à promoção da Cultura


O êxito da obra cultural que o advogado e jornalista Comendador Francisco Souto Neto legou ao Estado do Paraná é coroado com o reconhecimento da comenda e do Prêmio Excelência e Qualidade Brasil 2015 outorgados pela Associação Brasileira de Liderança.

Os pais e seus antepassados

Francisco Souto Neto nasceu a 2 de setembro de 1943 em Presidente Venceslau, SP, filho de Arary Souto (1908-1963) e Edith Barbosa Souto (1911-1997). O pai, jornalista, era bisneto do banqueiro português radicado no Rio de Janeiro António José Alves Souto, o Visconde de Souto (1813-1880),que foi presidente da Beneficência Portuguesa, fundador da Junta de Corretores do Rio de Janeiro (hoje Bolsa de Valores do Rio de Janeiro) e fez parte da primeira diretoria da Caixa Econômica. Ainda pelo lado paterno, Arary Souto era trineto do alferes e comendador João da Costa Gomes Leitão e Dª Diná Maria da Conceição Leitão; esta, por sua vez, tem notabilíssima ascendência catalogada pela GeneAll de Portugal, pois seu 17º avô foi D. João, infante de Portugal e Duque de Valência de Campos (1349-1397), casado com Dª Maria Teles de Meneses (1338-1379). Pelo lado materno, Arary Souto era trineto do general Francisco de Lima e Silva, filho do homônimo Francisco de Lima e Silva (Barão de Barra Grande) e irmão de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias.

A mãe de Francisco Souto Neto era sobrinha-neta do médico Dr. Vespasiano Barbosa Martins, que foi governador de Mato Grosso, e prima de Wilson Barbosa Martins, governador de Mato Grosso do Sul.



O menino Souto Neto

Aos cinco anos a família de Francisco Souto Neto transferiu-se para Ponta Grossa, PR, onde o pai assumiu o cargo de diretor de redação do matutino Jornal do Paraná, e anos depois, em 1955, foi fundador e diretor da Rádio Central do Paraná e mais tarde presidente do Rotary Club local. 


Ainda garoto, Souto desejava escrever e publicar na imprensa, mas o pai, cauteloso, disse ao menino que ele deveria antes se aprimorar no Português para poder escrever com mais conteúdo e segurança. Ele então, escondido do pai, aos 15 anos tornou-se colaborador de Belinda - que assinava no Jornal da Manhã uma coluna social de grande sucesso -, adotando o pseudônimo de Mister X. Aos 19 anos fez parte das diretorias do Centro Cultural Euclides da Cunha e da União dos Trovadores do Brasil, seção Ponta Grossa. A esse tempo o Souto já publicava textos e poesias. Formou-se em Direito na Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Vida profissional


Foi aprovado em concurso público para o Banco do Estado do Paraná, o extinto Banestado. Anos mais tarde, em concurso interno, tornou-se inspetor geral e transferiu seu domicílio para Curitiba. Logo depois foi convidado para o cargo de Assessor de Diretor da empresa. Manteve-se durante muitas gestões no mesmo cargo, até tornar-se Assessor da Presidência, cumulativamente com as funções de Assessor para Assuntos de Cultura. No banco oficial do Paraná realizou notável trabalho em prol da cultura do Estado: criou e consolidou o "Programa de Cultura do Banestado" que abrangia o apoio à arte, literatura, música, teatro e cinema. Criou o Salão Banestado de Artistas Inéditos, um concurso realizado anualmente, de apoio a artistas em início de carreira, que começou em 1983 e terminou em 2000, quando o Banestado foi privatizado. Fundou o Museu Banestado. Aposentou-se em 1991, quando o banco oficial do Paraná era ainda forte e respeitado, nove anos antes da corrupção e dos desmandos no Governo Lerner que levaram a instituição à bancarrota.

Francisco Souto Neto foi diretor do Instituto Saint'Hilaire da Defesa dos Sítios Históricos, conselheiro do Museu de Arte do Paraná, conselheiro do Sistema Paranaense de Museus, membro do Conselho de Cultura da Telepar, diretor da Sociedade de Amigos dos Museus de Curitiba (Museu de Arte Contemporânea, Museu da Imagem e do Som e Museu Paranaense), diretor da API - Associação Paranaense de Imprensa, e de outras instituições culturais. Atualmente pertence à diretoria da Academia de Letras José de Alencar, Curitiba.

A imprensa e as letras

Manteve a coluna Expressão & Arte no Jornal I&C por onze anos, que durante algum tempo foi publicada simultaneamente dentro da seção de Iza Zilli no Jornal do Estado, também na Revista Charme, e tornou-se um programa radiofônico de sucesso na Rádio Cultura (Estadual) em Curitiba, que era apresentado pelo próprio Souto então em treinamento para que seu programa radiofônico fosse transformado em programa de televisão na TV Cultura. 

Depois de aposentado, durante muitos anos publicou opiniões e memórias de viagens no Jornal Água Verde, na Folha do Batel e no Jornal Centro Cívico. Publicou crônicas durante oito anos em um deles e eventualmente em outros jornais de Curitiba e em várias revistas, das quais a mais longeva foi "Mary in Foco". Mais de 3.000 textos de sua autoria, publicados em diversos jornais e revistas, estão todos agora disponíveis na internet, não apenas em seus cinco blogs temáticos, como também em inúmeros outros sites da web.

Em 2007, em coautoria com sua prima Lúcia Helena Souto Martini, começou a escrever a biografia do Visconde de Souto. Trabalharam no texto durante sete anos de meticulosas pesquisas e realizaram viagens ao Rio de Janeiro para investigações nos órgãos oficiais ligados à Memória Nacional, quando proferiram palestra no IHGB. A Unicultura - Soluções Culturais, de Curitiba, encontra-se na fase de captação de recursos pela Lei de Incentivos à Cultura, para que a obra seja editada.

Francisco Souto Neto é membro da Academia de Letras José de Alencar, onde ocupa a cadeira patronímica nº 26. Por sua notável atuação como jornalista, recebeu o Troféu Imprensa do Brasil em 2014. Coroando suas atividades em prol da cultura, a BRASLIDER - Associação Brasileira de Liderança outorgou-lhe o título de Comendador, seguido do Prêmio Excelência e Qualidade Brasil 2015, como "Destaque Cultural entre os melhores do Brasil". 


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FOTO 1 - Francisco Souto Neto com seu chihuahua Paco Ramirez.
Nas telas acima do piano, seus pais Edith Barbosa Souto (segurando
o chihuahua Quincas Little Poncho) e o jornalista Arary Souto.

FOTO 2 - O Visconde de Souto, trisavô de Francisco Souto Neto. 
A pintura pertence ao acervo da Beneficência Portuguesa, presidida 
pelo Visconde  na década de 60 do século XIX, que está na parede 
principal do salão nobre da instituição no Rio de Janeiro.

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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

PACO RAMIREZ e TIBÉRIO BOULEDOGUE: Dupla díspar




PACO RAMIREZ e TIBÉRIO BOULEDOGUE
Dupla díspar

Capa da CÃES & CIA nº 438 - Dezembro 2015

Página 61

Detalhe da página 61


Dupla díspar

Aqui vemos meu Chihuahua Paco Ramirez, que já esteve nas páginas de Cães & Cia, recebendo seu melhor amigo, o Buldogue Francês chamado Tibério Bouledogue. Espertos, cada um usa (espontaneamente) a poltrona de acordo com seu respectivo tamanho. O dono do Tibério é Rubens Faria Gonçalves, que mora alguns andares acima de mim. Ambos os cães estão com 12 anos e costumam passear juntos quase todas as tardes, conduzidos pelos seus respectivos donos. Quem os vê geralmente ri. Certa vez, uma senhora exclamou divertida: “Como são díspares!”. Díspares nas aparências, mas amigões. E sem preconceito de cor ou de raça...

Francisco Souto Neto
Curitiba.

Foto originalmente encaminhada à revista.

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sábado, 21 de novembro de 2015

UM ANJINHO QUE É TIDO COMO SANTO MILAGREIRO por Aline Rickly (Tribuna de Petrópolis)

Um anjinho que é tido como santo milagreiro
por Aline Rickly

Tribuna de Petrópolis - Domingo, 1 de novembro de 2015 - Ano CXIV - Nº 20

Título do jornal e data:

Página de capa:

Detalhe da página de capa:

DIA DE FINADOS

HOMENAGEM - O cuidado com as sepulturas é uma forma de demonstrar o carinho e o amor pelos familiares e amigos que já partiram. O movimento no Cemitério Municipal já era rande ontem na preparação para o dia de finados - Página 11


ANJINHO É LEMBRADO 
É impossível passar pelo cemitério e não notar a sepultura do menino Francisco José Alves Souto Filho, conhecido como Anjinho de Petrópolis. O número de brinquedos impressiona. Página 7

Metade superior da página 7:

Detalhe do texto da reportagem de Aline Rickly:

Quem passa pelo Cemitério Municipal se surpreende com a sepultura 685 ao se deparar com uma grande quantidade de brinquedos espalhados (mais de uma centena entre carrinhos, bolas e bonecos, além de flores). Naquele local, está enterrado Francisco José Alves Souto Filho, que morreu aos 3 meses, no dia 9 de abril de 1872. O menino vem sendo cultuado por petropolitanos que dizem que ele é um santo milagreiro. A criança, que ganhou o apelido de Anjinho de Petrópolis, por causa de uma imagem de um anjo que está colocada em cima do túmulo, é neto do Visconde de Souto, um dos amigos mais próximos de D. Pedro II. Em datas como Dia das Crianças e Finados, a quantidade de brinquedos depositadas na sepultura triplica.


Foto de Marco Oddone

Segundo registros históricos, Francisco José Alves Souto, filho do Visconde de Souto (Antônio José Alves Souto), casou-se pela primeira vez com Maria Luiza de França e Silva, mas não teve filhos. Apenas com a segunda esposa, chamada Maria Lapa de Salles Oliveira é que teve cinco filhos. A informação pode ser contraditória, pois no túmulo de Francisquinho consta que Maria Luiza era sua mãe. Curiosamente na certidão de óbito da criança, que está na Catedral São Pedro de Alcântara, está registrado apenas o nome do pai.
A fama de santo milagreiro veio depois que um senhor, que trabalhava no cemitério, fez um pedido para curar a úlcera. Ao ser atendido, deixou um brinquedo como forma de agradecimento e começou a espalhar a notícia. O baiano, como era conhecido, foi responsável por limpar a sepultura do anjinho por, aproximadamente, três décadas.
Ao pesquisar a história da criança, a Tribuna encontrou, no ano passado, um dos sobrinhos-netos da criança, pertencente à terceira geração da família. Francisco Souto Neto mora em Curitiba e, na época, estava finalizando um livro sobre o Visconde de Souto. A família não tinha conhecimento sobre a existência da criança. “Durante sete anos (entre 2007 e 2014) eu e minha prima Lúcia Helena Souto Martini pesquisamos sobre nosso trisavô e consultamos mais de 600 livros em busca de informações sobre o Visconde e encontramos alguns registros sobre nosso bisavô Francisco José Alves Souto, que era o 6º filho do Visconde de Souto, nascido na Chácara do Souto (bairro São Cristóvão no Rio de Janeiro)”, disse, acrescentando que durante a pesquisa, ele e a prima ficaram curiosos porque o bisavô faleceu muito cedo, com apenas 43 ou 44 anos. “Tentamos, em vão, descobrir a causa da sua morte, mas infelizmente são raríssimos os registros sobre sua vida”.

Francisco Souto Neto e Lúcia Helena Souto Martini,
sobrinhos-netos do Anjinho de Petrópolis

Entretanto, ao revirar os documentos descobriram que em 7 de março de 1868, o bisavô casou-se com Maria Luiza de França e Silva. Enviuvando, casou-se com Maria da Lapa de Salles Oliveira (“de Salles Souto” pelo casamento). “Francisco José e Maria da Lapa tiveram cinco filhos, o último dos quais Francisco Souto Júnior, nosso avô”, comentou.
De acordo com o sobrinho-neto do anjinho, em todas as fontes pesquisadas, não constava a existência de filhos do casamento de Francisco José com a primeira esposa Maria Luiza. “Sem termos como comprovar, imaginamos que ela tivesse morrido talvez vitimada por alguma das epidemias que assolaram o Rio de Janeiro no século 19”, afirmou.
Francisco lembrou que a surpresa foi enorme ao receber a notícia de que o bisavô teve um filho com Maria Luiza. “Com a passagem das décadas, seu túmulo ficou esquecido, e a própria existência do menino tornou-se ignorada e desconhecida pelos descendentes de Francisco José Alves Souto”, lamentou.
Ele avaliou ainda um detalhe interessante que foi o fato do pai do Anjinho dar seu próprio nome acrescido de “Filho”, e que após o segundo casamento, deu novamente seu nome a seu quinto filho, mas agora acrescido de “Júnior”. 
A notícia foi contada a tia Jacyra Souto Martini (mãe de Lúcia Helena), a última de sua geração, que reside em Paulínia (SP). “Ela ficou sensibilizada ao tomar conhecimento de que teve um tio que faleceu ainda bebê, a quem têm sido atribuídos muitos milagres. Eu, particularmente, fiquei surpreso e estou planejando viajar com minha prima a Petrópolis para conhecer o túmulo e nele depositar flores à memória daquele que tem, segundo a fé de cada um, intercedido por milagres, e que se tornou para muitos um caminho de esperança e de luz”, finalizou.
Link desta edição digital:
http://www.tribunadepetropolis.net/Tribuna/index.php/class/21566-um-anjinho-que-e-tido-como-santo-milagreiro.html
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