domingo, 4 de setembro de 2011

TIBÉRIO, UM CÃO EXTRAVIADO por Adriano Justino


OBSERVAÇÃO: Após a publicação da "biografia" do Paco, sugeri ao jornalista Adriano Justino que procurasse conhecer a história do Tibério Bouledogue, que pertence ao meu amigo Rubens Gonçalves. Adriano gostou da ideia e já na edição seguinte do CADERNO ANIMAL, ele também publicava a "biografia" do Tibério:


TIBÉRIO, UM CÃO EXTRAVIADO
por Adriano Justino

Gazeta do Povo – Caderno Animal, Ano II – 2 de outubro de 2004 – Nº 31
Diretor-presidente da Gazeta do Povo: Francisco Cunha Pereira Filho
Coordenação do Caderno Animal: Nádia Fontana

Capa:


Página 6 (inteira):


Página 6 (detalhe):



TIBÉRIO, UM CÃO EXTRAVIADO
Adriano Justino


Há três anos, numa viagem de férias a Paris, o psicólogo Rubens Faria Gonçalves viu pela primeira vez alguns buldogues franceses, que o fascinaram pela fisionomia diferente que apresentavam. “Parecia que eram cachorros-com-cara-de-gente”, afirma. “Foi uma paixão imediata pela raça”, lembra.
De volta ao Brasil, começou a pesquisar canis especializados e, pela internet, encontrou um cachorrinho lindo pelo qual se afeiçoou, mas que era de Porto Alegre. “Comprei por telefone e o bichinho foi embarcado de avião para cá”, diz. Mas, estranhamente, já no Aeroporto Afonso Pena, por volta das 10 horas, o avião chegou, mas o cachorro, não. Depois de horas indo atrás de informações, Gonçalves soube que a “carga viva” havia sido desviada por engano para Salvador e, de lá, para Belém do Pará! “Fiquei imaginando o sofrimento do bichinho, sem comer, preso naquela gaiola de plástico usada para esse tipo de transporte! Só de pensar, eu ficava desesperado”, lembra.
O buldogue francês chegou em sua casa apenas às 22 horas, após diversas conexões e trocas de aviões. “Ao sair da caixa para os meus braços, sujinho, com sede e faminto, o bichinho teve dificuldades para ficar em pé”, recorda ele, que o batizou de Tibério Bouledogue.

Rubens Faria Gonçalves com o seu Tibério Bouledogue.
O cãozinho cresceu forte e alegre e hoje está com 1 ano e 8 meses, espalhando gentileza e esbanjando sensibilidade. “Em nossos frequentes passeios, as pessoas admiram-se e quase sempre formam um círculo ao redor do meu ‘orelhudo’, para fazer perguntas do tipo: ‘Mas que bicho é este?’ ”, diz.
Muitos fazem comparações engraçadíssimas, dizendo que se parece com um morcego, outros com gato, com panda, com pantera, coelho, porquinho e, confirmando a primeira impressão que teve, por várias vezes as pessoas já lhe disseram que ele tem cara de gente.
Segundo ele, Tibério é carinhoso, gosta de descobrir coisas e brincar com outros cães. “Ele adora, por exemplo, correr, saltar, divertir-se com seus amigos caninos naquele gramado atrás do Museu Oscar Niemeyer, no Parcão”, conta.
Adriano Justino

CARACTERÍSTICAS
País de origem: França.
Nome natural: bouledogue français.
Utilização: companhia, guarda e lazer.
História: criado nos bairros populares de Paris no ano de 1880. Nesta época, os cães dos açougueiros e cocheiros dos Halles conquistaram a alta sociedade e o mundo dos artistas pelo seu físico tão exclusivo e seu caráter.
Aparência geral: poderoso para o seu pequeno talhe e atarracado em todas as suas proporções.
Temperamento: sociável, alegre, brincalhão, esportivo e esperto. Particularmente afetuoso com seus donos e com crianças.
Peso: 8 a 14 quilos.
Pelagem: pelo raso, cerrado, brilhante e macio.
Cor: uniformemente colorido, fulvo, tigrado ou não, ou com manchas limitadas, e fulvo tigrado ou não, com manchas médias ou predominantes.
Espaço necessário: pequeno.
Fonte: Confederação Brasileira de Cinofilia.

-o-

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